segunda-feira, 8 de março de 2010

3.2 - O contributo dos portugueses para o alargamento do conhecimento do mundo

Ao longo dos séculos XV e XVI, os portugueses realizam uma série de viagens marítimas que alargam os horizontes da geografia e permitem ao homem reuropeu acabar com muitas das crenças, superstições e erros científicos em que desde sempre acreditara. Gil Eanes, Bartolomeu Dias, Diogo Cão, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães realizaram viagens fundamentais para o alargamento sobre o conhecimento do mundo.

Foi também importante o contributo português em outras áreas que tiveram um desenvolvimento paralelo com o das viagens. A cartografia, a astronomia, a matemática, a botânica e a zoologia, mas também a construção naval, as técnicas de navegação, a literatura de viagens, a geografia receberam importantes avanços a partir das observações e especulação pre-científicas de sábios como Duarte Pacheco, Garcia da Orta, D. João de Castro, Pedro Nunes.

Os seus contributos foram fundamentais não só para a ciência da época mas também porque deixaram para os vindouros uma série de documentos e relatos, obras de análise e instrumentos aperfeiçoados que constituiram avanços nos domínios especializados da matemática, astronomia e geografia constituindo aquilo que se costuma designar por experiencialismo.

Esse terá sido também um dos mais importantes contributos portugueses para a mentalidade quantitativa que estava em curso na época do Renascimento. Ao lado dos trabalhos de Copérnico, Galileu, Keppler, os escritos pré-científicos dos portugueses da época da expansão foram igualmente de grande importância para a construção de uma metodologia de trabalho de rigor e exactidão assente na Matemática e na Geometria mas também nas ciências da natureza, com a revolução científica a partir do século XVII.
Se a época, século XV e XVI, não foi de ciência e rigor absolutos, esta foi mesmo assim uma etapa necessária e prévia e os portugueses tiveram por isso um papel central na construção da mentalidade científica europeia ocidental.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

3.1 A Geografia cultural europeia de Quatrocentos e Quinhentos

Desde o século IX os califas de Bagdad mandam reunir e traduzir obras literárias e escritos originais da cultura grega. Obras de Galeno mas também de Ptolomeu, Euclides ou Hipócrates. 

No século X também os cristãos conquistam Toledo e têm acesso às traduções árabes dos escritos gregos e a Península Ibérica torna-se assim uma zona multicultural importante pois nela se encontram as culturas clássica greco-romana, cultura árabe e judaica. Maometanos, mudejares, moçárabes e judeus convivem e procuram tomar contacto com a ciência muçulmana. 

A mentalidade humanista desenvolve-se com instrumentos de uma didáctica quantitativa como o ábaco, o astrolábio, a bússola, os portulanos, conhecimentos de medicina, a observação lançando-se progressivamente as bases de um empirismo experiencialismo fundamental para a futura revolução científica. Desenvolve-se o comércio e procuram-se novos portos em cidades ligadas a novos e desconhecidos continentes e horizontes como Lisboa e Sevilha. 

As viagens realizadas e as influências estranhas que os portugueses introduzem na Europa tornam-se elementos de grande peso no avanço cientifico e cultural que a Europa está a tomar sobre as restantes regiões do mundo 

Módulo 3 - A abertura europeia ao mundo - mutações nos conhecimentos, sensibilidades e valores nos séculos XV e XVI

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

3 - Valores, vivências e quotidiano

A arte gótica

Desenvolvimento urbano do século XII e XIII visto com alguma inquietação pela ortodoxia católica, adversa ao espírito aberto e cosmopolita sempre favorável à discussão e à dissidência herética. Vê com desconfiança o movimento cultural ligado ao ressurgimento das cidades com Universidade na Europa Ocidental.

Mudanças históricas explicam a expansão do estilo gótico:
  • aumento da população urbana que exige templos mais amplos e salubres. 
  • Iniciativa das novas construções religiosas passa para as mãos do clero subtraindo a construção aos senhores feudais cujos limitados recursos impunham edificios mais pequenos. 
  • Aumento de poder das cidades aliadas da Igreja contra o poder excessivo de reis e senhores. 
Inovações técnicas importantes no gótico: ogiva, arco em ogiva, abóbada de cruzamento de ogivas arcobotantes, profusão luminosa no interior, profusão decorativa e artística, opulência e luxo dos vitrais rosáceas e frescos. Verticalidade e monumentalidade do edifício.

Exercícios página 186.
  • identificação dos elementos arquitectónicos da basílica gótica
  • Realização de um ensaio. 

Mutações na expressão da religiosidade: mendicantes e confrarias

Dominicanos e franciscanos surgem como movimentos religiosos de intervenção religiosa no ambiente urbano. Missão evangelizadora que apela à moral católica e ao sentimento religioso e piedoso para dominar a mentalidade urbana evitando os excessos do materialismo. Evitar a descrença e apoiar os pobres e desvalidos.
  • Os dominicanos instalam-se  nas cidades principalmente universitárias buscando o confronto de ideias. 
  • Os franciscanos assumem-se como modelos de simplicidade e de despojamento recordando ao homem da cidade, cioso de riqueza e luxo a necessidade de não esquecer os valores da moral cristã e da mensagem original do cristianismo. 
  • Confrarias como associações laicas ou religiosas agrupadas em torno de um santo protector com vista a desenvolver uma missão de beneficência e entreajuda.
  • Corporações como associações de entreajuda de artífices que controlam os preços e a produção. Determinam as hierarquias profissionais dominadas pelos mestres.

Expansão do ensino elementar; a fundação das universidades

Desenvolvimento das universidades impulsionado pela burguesia das cidades italianas que exige uma preparação mais adequada dos seus filhos para assegurar a prosperidade dos negócios das famílias.

Sinal de afirmação também da burguesia das cidades contra o poder ainda exagerado dos senhores feudais com o apoio dos reis (caso de Portugal). Apoio da Igreja que procura sempre manter intocável o saber biblico e o primado das escrituras procurando a todo o custo impedir as interpretações alternativas mantendo o ascendente sobre os espíritos.

Universidade como corporação de alunos e mestres. Lições em latim, lingua universal que permite a circulação de estudantes entre as várias universidades europeias usando o método escolástico de ensino, magister dixit, baseado nos sete saberes: Gramática, Retórica e Dialéctica (Trivium), aritmética, geometria, astronomia, música (Quadrivium). 


Saber sujeito a concepções de ordem e unicidade intelectual impede uma leitura directa das obras dos antigos mas evitando com dificuldade crescente a polémica e a crítica.








A cultura erudita e cultura popular


Coexistem duas correntes distintas de cultura erudita:
  • Corrente religiosa influenciada pela igreja, conventos, mosteiros e algumas universidades
  • Corrente adstrita às cortes reais e senhoriais. Enriquecida por elementos trovadorescos, musicais e poéticos enaltecendo os mecenas. Cantigas de amigo, de amor, cantigas de escárnio e maldizer, poemas trovadorescos, romances de cavalaria, crónicas. 
Os humanistas preocupam-se pela translatio imperii et studii (transferência do poder e da cultura) desenvolvida desde a época de Carlos Magno. Segundo este conceito, o poder e a cultura tiveram o seu início na Grécia transferindo-se depois para Roma até à queda do Império. Alguns acreditavam que seria na França que se desenhava uma nova etapa desta transferência do poder e do saber e a escrita, a obra literária enaltecedora de feitos e heroísmo tinha um papel importante neste processo de enaltecimento da cultura. 

Segundo Du Bellay, a glória dos heróis nacionais não podia ser assegurada senão pelos escritores. Cultura e poder estavam ligadas porque o poder dependia da cultura. E a cultura da época devia fundamentar-se nos escritos dos antigos e nos seus exemplos para evidenciar os feitos e obras dos modernos. As metáforas da guerra mostravam que a escrita era um meio para transferir poder tal como as batalhas, e os escritores franceses deveriam escrever em francês e já não em latim para enriquecer a língua e assegurar um corpo de obras literárias que assegurassem a glória nacional. A escrita tornava-se assim uma aliada de peso no processo de centralização do poder real.
Rejeitando o latim, língua oficial da Igreja, rejeitava-se a submissão à religião e acentuava-se uma emancipação cultural perante as forças mais conservadoras e o poder escolástico. A recitação e a oralidade asseguravam a divulgação dessa cultura e desse espírito que ainda é o da cavalaria e da fidelidade, vestígio de um cânone de valores e de uma ética romano-cristã de recuadas épocas feudo vassálicas. Ronsard, Du Bellay, Erasmo são exemplos desta nova visão em que o humanismo aberto emerge sobre uma espiritualidade fechada 

Existe ainda a cultura popular, oral. Integra elementos da cultura romano-cristã. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2.2.1 - O Espaço português - A fixação do território. Do termo da Reconquista ao estabelecimento e fortalecimento de fronteiras

Partindo da análise de documentação diversa é possível analisar a evolução da Reconquista cristã até à formação de Portugal e à fixação definitiva de fronteiras no século XIII.

A reconquista cristã é irregular e ritmada por avanços e recuos frequentes.


Alguns factos a destacar:

  • Que nem os cristãos nem os muçulmanos preferiam a morte das populações inimigas ou a destruição dos bens. Economicamente era mais sensato a submissão e ocupação dos territórios sem destruição de bens e pessoas. 
  • Que o Papa hesitou muito tempo antes de reconhecer Afonso Henriques como rei. Morto Afonso VII vassalo lígio do Papa em 1157 tornou-se só então mais fácil a este reconhecer Afonso Henriques como rei até porque os filhos de Afonso VII, Fernando II e Sancho III eram apenas reis dos territórios que receberam em herança e não imperadores como fora o pai. 
  • Apoio das ordens religiosas e dos cruzados do oriente às campanhas militares de Afonso Henriques contra os mouros, ajudas essas que o futuro rei de Portugal recompensa com a atribuição de domínios extensos. 
  • Fim das conquistas no reinado de Afonso III em 1249 no Algarve e o reconhecimento múto de fronteiras de Portugal e Castela pelo Tratado de Alcanizes em 1297. 
  • Governação cada vez mais conotada com o processo de centralização do poder real, na altura muito disputado entre o Rei e o poderoso clero. 
  • Clero gozava de muitos privilégios e direitos nas terras que lhes eram doadas pelo rei.
  • Distinção entre clero regular (mosteiros e conventos) e clero secular (igrejas e sés) ordem religiosa privilegiada e abastada que controlava a cultura e o saber. Detêm banalidades e imunidades nos senhorios respectivos, os coutos.
  • Ricos-homens, infanções, cavaleiros e escudeiros são estratos da nobreza nacional. Laços de vassalidade menos acentuados do que na França devido a razões diversas entre as quais a concorrência do clero nos territórios doados pelo rei a sul e a pequena dimensão dos domínios muito emparcelados a norte. Cobram as banalidades. 
  • Povo: nos campos, os herdadores detêm os alódios terras herdadas. Análise do processo de usurpação das terras dos herdadores pelos nobres imputando-lhes obrigações senhoriais pelo simples facto de lá criarem um filho do nobre. 
  • Colonos livres ou foreiros explorando terras dos senhores (casal) ou do rei (reguengos). Pagam foros ou direituras. Com o tempo os senhores passam a exigir o pagamento dos impostos em dinheiro e não em géneros e regulam o termo dos contratos. 
  • Assalariados e servos 

2.3. País urbano e concelhio (ver glossário)

Formação dos concelhos como comunidades autónomas não integradas em terras do rei ou senhorios em terras onde não existe autoridade efectiva ou organizada. Mais frequentes a sul e a leste próximas da fronteira  com Castela ou os Sarracenos. 
  • Após a reconquista tais povoados são integrados no território através de cartas de foral que estabelecem direitos e obrigações. 
  • Carta de foral passa a registar normas que regem organização política, jurídica, administrativa e económica. 
  • Impõem obrigações e taxas menos pesadas e liberdade a antigos servos atraindo populações do norte.   Objectivos de povoamento, exploração económica, receitas fiscais e defesa. Forais em cidades no litoral e no interior são povoados rurais. 
  • O território do concelho constituido por: sede (cidade ou vila) com muralha, adro da igreja ou praça, pelourinho, (lugar onde se aplica a justiça local) e rossio (onde se realiza o mercado). Arrabalde ou arredores onde vivem os que produzem, na vizinhança das muralhas. Termo, zona de cultivo e de maninho com quintas, olivais, vinhas, matas, rios e ribeiros. 


Vizinhos e organização do concelho

A concessão de de foral ao concelho pretende retirar poder à nobreza. Os nobres perdem privilégios no concelho e não podem exercer qualquer magistratura neles. Concelhos são invioláveis não podendo ninguém ser perseguido no termo do concelho pela justiça senhorial. Os homens bons a partir de Afonso III participam nas cortes de Afonso III
  • nos forais estão estabelecidos termos das obrigações e direitos políticos, juridicos e económicos da comunidade concelhia. São estabelecidas obrigações de defesa e povoamento e disposições que impedem os abusos de poder senhorial.
  • criam-se posturas ou leis que regulam o quotidiano no concelho
  • Eleitos magistrados e funcionários próprios que aplicam as determinações da assembleia do concelho e    os funcionários do rei que representam os seus interesses.
  • Alcaide, alvazil ou juiz, responsável pela aplicação da lei e pela defesa nomeia é rico homem. Responsável por nomear com os vizinhos o almotacé e o alcaide menor
  • almoxarife para cobrar impostos régios
  • mordomo do rei para administrar dominios do rei 
  • almotacé inspecciona actividades económicas, abastecimento, mercados, feiras, preços
  • meirinhos executam decisões judiciais
  • mordomo administra bens do concelho
  • sesmeiros distribuem terras aos novos colonos
  • alcaide menor eleito pelos vizinhos participa em razias e é responsável também pela defesa 

A participação na guerra determina as categorias sociais dos vizinhos. Isentos de banalidades pagam tributos ao rei e à Igreja, a dízima.
  • cavaleiros vilãos são os proprietários de terras têm posses para combater a cavalo e ter armas, sustentando-se e mantendo um escudeiro
  • mercadores 
  • peões participam na guerra a pé são os agricultores e mesteirais (sapateiros, alfaiates, correeiros, ferreiros)
  • cavões (trabalham à enxada), jornaleiros ou assalariados, hortelãos (cultivam terras dos cavaleiros vilãos). 
  • judeus 
  • mouros escravos e livres (artesãos)
Lugar onde se reside no concelho determina direitos que se podem usufruir.
  • Quem reside na sede do concelho é  mais respeitado
  • elite urbana constituida pelos cavaleiros vilãos, legistas e mercadores são os homens bons que participam nas magistraturas e serão os funcionários que o rei nomeia para seus representantes.
O Poder régio-factor estruturante da coesão interna

O rei como entidade agregadora e unificadora das vontades e forças do reino. A evolução do poder real ao longo da 1ª dinastia desenvolveu-se, a partir de um século XII em que o rei equilibrava o seu poder pouco efectivo com o das forças poderosas que o auxiliavam na dura tarefa da Reconquista para uma centralização progressiva que se acentua a partir do reinado de Afonso II. 

Os monarcas vão tomar, a partir de então, medidas centralizadoras que tendem a controlar o poder dos privilegiados e a determinar com rigor o seu património e o das classes possidentes. 

1211- Afonso II convoca as cortes de Coimbra e a Cúria Régia (assembleia consultiva do rei) para organizar uma colectânea de leis gerais do reino; publicação das primeiras Leis de Desamortização que pretendem limitar as aquisições de património territorial por parte do clero; Inquirições Gerais que pretendem determinar a extensão dos domínios senhoriais. Limitações do poder de clero e nobreza. 

1254- Afonso III terminada a obra de conquista medidas de reforço da autoridade do rei e os homens bons são convocados para as cortes de Leiria no sentido de contrariar o poder crescente dos privilegiados. Aliança entre o rei e as populações dos concelhos

1265- Afonso III aperfeiçoa o sistema de aplicação da justiça nomeando 3 sobrejuizes, leis processuais, ampliação do corpo de funcionários e cargos no sentido de melhor fiscalizar o reino e gerir o património. País dividido em almoxarifados. Promulgação de novos forais. 


Finais do século XIII surge o Chanceler, espécie de primeiro ministro com funções de governação próxima do rei




segunda-feira, 23 de novembro de 2009

U.2.1.2 - O quadro económico e demográfico - expansão e limites do crescimento

Expansão agrária, dinamização das trocas regionais e afirmação das grandes rotas do comércio externo


Expansão económica e dinamismo tecnológico marca o período designado por Baixa Idade Média. Invenções e mudanças trazem benefícios demográficos, económicos e políticos.

  • Inovações técnicas na agricultura.
  • Novos instrumentos comerciais dinamizam os tráfegos. 
  • Aumento da população 
  • Desenvolvimento urbano
  • surgimento de um novo tipo de comércio e de mercador. Ligas e companhias de comércio.
Alterações substanciais nas rotas de comércio europeu entre o século XIII e XV. Flandres, Champagne e Mar Báltico e mediterrãneo

Feiras organizam-se estimuladas pelos reis e senhores para recolha de taxas e impostos Paz de Feira >Feiras Francas


Desenvolvimento das feiras e das cidades tem como consequência 
>circulação de moeda mais intensa
>aumento da dimensão e importância económica dos mercad
>técnicas comerciais desenvolvem-se (crédito, juros, depósitos, cheque, letra de câmbio)
>evolução do mercador>cambista > banqueiro
>surgimento de companhias comerciais
>comércio à distância (marítimo, fluvial, terrestre)
>surgimento de repúblicas burguesas nas cidades italianas e flamengas mais desenvolvidas
>Liga Hanseática


Crise demográfica e económica do século XIV. Causas múltiplas. 
Pestes, fomes, guerras

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

U 2.1.1 - Poderes e crenças

Uma geografia política diversificada: Impérios, reinos, senhorios e comunas; imprecisão de fronteiras internas e externas
  • Europa dividida entre Império Bizantino e Sacro Império Romano Germânico 
  • o poder dos reis é reduzido devido à insegurança, concessão de senhorios, vassalidade e suserania,
  • direitos de ban e partilha de poderes para melhor defesa, abusos e excessos de suserania dos nobres. Poderes da nobreza? 
  • Camponeses e burguesia das comunas. O rei apoia o movimento comunal que contrabalança o excesso de poder feudal
  • Comunas como manifestação de poder das populações urbanas e as revoltas comunais. Quais os objectivos das revoltas comunais? 
  • A partir do século XIII diluição do poder feudal e reforço da autoridade real. em. Guerras políticas e ameaças religiosas. Guerra entre França e Inglaterra conduz a diferentes percursos políticos: 
  • França no caminho do absolutismo real. Rei Filipe IV de França conduz à dissolução de uma vassalagem assente em deveres feudais substituindo-os por obrigações monetárias. 
  • Inglaterra, no final da guerra contra a França, João Sem Terra aceita a Magna Carta reconhecendo os direitos dos seus vassalos em intervir na governação através do Parlamento.
  • Balcãs ameaçados pelos Turcos transformando-se em zona de ruptura e conflito próximo entre a cristandade europeia e o islamismo agressivo dos Turcos. 




A organização das crenças. O poder do Bispo de Roma na Igreja Ocidental; o reforço da coesão interna face a Bizâncio e ao Islão.
Com a divisão do Império Romano acentuam-se as diferenças entre Igreja Romana e Igreja Ortodoxa.
Conflitos e divisões no seio do Cristianismo colocam Roma e Bizâncio em conflito religioso.
  • Em 1054 surge a Igreja Ortodoxa Grega. Mais conservadora do que a Igreja Romana é dominada pelo poder temporal dos imperadores bizantinos e pelo desejo de uma liturgia mais próximo do original. 
  • Heresias e dissenções enfraquecem a unidade da Europa cristã. Excomunhão mútua entre as duas Igrejas cristãs marcam o Cisma do Oriente (1054). *
  • Conquistas dos cruzados em território bizantino.
  • Saque de Contantinopla pelos cruzados
  • Avanço muçulmano na Europa do Sul ameaça os reinos cristãos da Península Ibérica e reino franco. 


As cruzadas do ocidente e do oriente surgem como ultimo recurso para contrariar o avanço muçulmano a Sul e como iniciativas bélicas que permitem a salvação das almas e o perdão dos pecados. No entanto são ainda ocasião para retaliações dos cristãos do Ocidente contra os Ortodoxos*




* Aprofundar e investigar.