segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Modulo 1 - U2 - O modelo romano Roma cidade organizadora de um império urbano

U.2.1 - Roma, cidade ordenadora de um Império urbano

A civilização romana foi marcada por aspetos culturais e históricos  que interessa aprofundar:
  • A expansão romana até ao século V foi marcada por condicionantes históricas e geográficas.
  • A partir do século IVa.C. Roma assumiu um papel de relevo no Mediterrâneo.
  • República em Roma resultou em instabilidade e dificuldades de governação.
  • Imperium Romano como formula de governação partilhada e integradora dos povos conquistados, regida por leis comuns e lingua latina.
  • A governação imperial como poder supremo e total atribuido pelo Senado e pelo povo da Res Publica.

A CIDADE

Roma, herdeira da tradição urbana dos etruscos. Premonição e adivinhação através da observação de sinais da natureza, voo das aves.
Com a evolução da sua cultura, Roma transfigura-se e integra outros aspectos:


  • Roma cidade capital do Império 
  • Roma cidade de contrastes: cidade dos ricos e poderosos mas também cidade dos pobres e explorados. 
  • Cidade cosmopolita, modelo urbanistico de outras tantas cidades do Império com circos, termas, edifícios administrativos, templos e mercados. 
Texto 1- vantagens da localização geográfica da cidade
Texto 4- Roma como matriz urbana de uma civilização urbana e cosmopolita


A autoridade Imperial - o poder de Octávio César Augusto


Cronologia dos imperadores romanos

  • A importância da rede viária romana-transporte e distribuição de mercadorias, movimentação dos exércitos, e funcionários do império.
  • Administração do império através de provincias imperiais e senatoriais. 
  • Autoridade de Principado investe Octávio. Autoridade suprema investida pelo povo e pelo Senado, mista de poder monárquico e republicano. Estabilidade política e autoridade: princeps senatus, tribunicia potestas, criação de cargos de administração para o apoiar na governação, designa sucessor. 
Texto 5- poder autocrático sobrepõe-se gradualmente ao poder dos oligarcas.
Texto 6- César, imperador sem título ou rei sem coroa vitima da sua própria ambição. 
Texto 7-reformas de Octávio, reforma da administração e do poder. Estado renovado, poder republicano, Senado como instituição decorativa de administração subalterna e pouco atuante.
Texto 8- Poder imperial como monarquia absoluta disfarçada de república. 
Texto 10- Tribunicia potestas e Pontifex maximus, supremo comandante de tropas
Texto 11- Governo de Octávio como governo novo e novo regime, a Res Publica, governo público, sintese de todos os poderes de Roma cujo poder Octávio restituiu com os seguintes pilares do poder: 
  • Senado atribui-lhe poder tutelar e novas honras
  • imperium sobre as provincias, imperium proconsular
  • tribunicia potestas atribuido pelo Senado 
  • Senado investido de função de apoio da sua governação. 

A unidade do mundo imperial: o culto a Roma e ao Imperador; a codificação do direito; a progressiva extensão de cidadaniaAfirmação imperial de uma cultura urbana pragmática - padronização do urbanismo e a fixação de modelos arquitetónicos e escultóricos

Vantagens do domínio de Roma levam os povos conquistados a aceitar o poder de Roma: 


  • O Direito Romano escrito, justo e adaptável a todos os povos expande-se por todo o império. 
  • A unidade do império tecida em redor da imagem sagrada do imperador e da cidade de Roma, matriz fundadora. 
  • a Cidadania romana atribui gradualmente direitos iguais aos povos conquistados espalhando pelo império um ideal de justiça, comunidade de aspirações e objetivos e de igualdade de direitos políticos até mesmo no acesso às magistraturas. É também o ideal de conquista do lugar na grande comunidade dos cidadãos romanos de cujo gozo se retiram vantagens diversas, bem estar, riqueza nalguns casos e direitos civis. . 
Texto 14- O culto imperial e a divinização do imperador. 
Texto 15- Trindade romana Roma, imperadores divinizados (não tiranos) e monarca reinante.
Texto 16- Imagem do Imperador como meio de propaganda em todo o império, em moedas, estátuas e baixos relevos
Texto 17- O direito romano como entidade evolutiva desde a Lei das Doze Tábuas até ao direito civil dos pretores e ao direito emanado dos imperadores, a  universalidade do direito. 
Texto 19- o Império como império da cidade que surge por todo o lado ligada à ideia de administração da comunidade por meio de uma assembleia e magistrados. 
Texto 20- Cada cidade tinha estatuto adequado de acordo com a sua forma de integração no império, tarefas fiscais, financeiras, a prestação de serviços e assistência aos cidadãos. 
Texto 21-A forma de organização e os cargos administrativos existentes numa colónia, Osuna.



Da síntese daas influências etruscas e gregas terão os romanos conseguido uma arte original?

A apologia do Império na épica e na historiografia; a formação de uma rede escolar urbana uniformizada- a educação em Roma


A Romanização da peninsula ibérica, um exemplo de integração de uma região periférica no universo imperial.
 
Actividade de aula: 
Nos últimos séculos da sua existência o Império Romano foi governado por um conjunto de personalidades, os imperadores, cujo poder se pode considerar ter sido absoluto. No entanto existiu a continuidade das instituições republicanas. Explica esta permanência do conceito de Res Publica ao longo do período imperial. 


Ao contrário de César, que não escondia o seu desprezo pelas instituições republicanas e pelas suas formas constitucionais, Octávio procurou assegurar um governo forte restaurando ao mesmo tempo algumas das instituições republicanas senão no conteúdo pelo menos na forma (fonte 6).

Rejeitando uma governação de tipo ditatorial como fizera César, instaurou um governo de principado apoiado nas mesmas instituições que suportaram a antiga República romana. Reduziu o número de senadores e retirou poderes ao Senado restaurando as magistraturas mas retirando-lhes poder e transformando-as em títulos honoríficos destinados a criar um conjunto de apoios políticos que sustentasse a sua Autoritas (fonte7).

Devolveu ao Senado e ao povo os poderes extraordinários de que havia desfrutado recebendo por outro lado do Senado o titulo de protector e defensor do Estado (cura tutelaque Rei publicae) e o título de Augusto tornando-se assim objecto de culto e adoração em todo o Império. Era-lhe reconhecida a posição e autoridade perante as instituições mas sem poderes extraordinários, desfrutando dos que eram característicos   das magistraturas republicanas, inviolabilidade e sacralidade (tribunicia potestas), podendo assim convocar assembleias e exercer o direito de veto.

Os seus poderes eram baseados nos das magistraturas republicanas e suportados pelo apoio do povo, dos aristocratas do Senado e do exército dando assim legalidade republicana ao seu governo de principado. Era um poder que não se sobrepunha aos dos restantes magistrados mas baseava-se no reconhecimento da sua autoridade.